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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, defendem especialistas

RIO - Escolas precisam experimentar o uso das mídias sociais para aproximar o conteúdo pedagógico da realidade dos alunos, apontaram especialistas em educação que participaram nesta quinta-feira de seminário sobre o tema, no Rio. Segundo eles, o ideal é testar várias tecnologias e ver qual se adapta às regras da escola e os recursos disponíveis aos alunos, aos professores e aos pais.
Ao apresentar casos bem sucedidos e problemas gerados pelo mau uso de redes sociais, o autor do livro Socialnomics: Como as Mídias Sociais Transformam o Jeito que Vivemos e Fazemos Negócios (na tradução livre), o norte-americano Erik Qualmn, disse que é preciso ousar na educação e não restringir as aulas ao método tradicional que se resume a palestras, sem interatividade.
- Precisamos prestar atenção nos alunos, ver com qual ferramenta ou equipamento eles estão mais familiarizados e dar o primeiro passo - disse Qualmn no seminário Conecta, organizado pelo Sesi/Senai. Ele sugeriu, por exemplo, que escolas passem deveres de casa que possam ser apresentados pelo Youtube e substituam livros pelos ipads - aparelhos que reúnem computador, video game, tocador de música e vídeo e leitor de livro digital.
- Em muitos lugares, existe o debate sobre o uso, pelas crianças, de telefones celulares - disse sobre a disseminação dos smartphones - celulares conectados à internet.
- As escolas precisam checar ao que é melhor para si. Na (Universidade de) Harvard, o ipad é permitido em algumas aulas. Outras aulas são dadas da mesma forma há cem anos - acrescentou Qualmn, que também é professor de MBS da Hult International Bussiness, nos Estados Unidos .
Em uma escola pública do município de Hortolândia (SP), Edson Nascimento, professor de educação física, deu o primeiro passo na adoção de novas tecnologias como instrumento pedagógico. Ele criou um blog para divulgar o conteúdo das aulas e conquistou alunos até de outras escolas. Nascimento diz que o principal desafio para difundir a tecnologia na escola é convencer os demais professores a aceitá-la como um recurso educativo.
- Isso não é uma coisa tranquila, não temos adesão de 100% dos professores. Pessoas entendem que se migrarem para a tecnologia não vão mais saber dar aula. Apegam-se ao giz e à lousa como se isso lhes desse controle da turma. Mas os alunos acabam prestando atenção em outras mil coisas - disse Nascimento, que dá aulas para uma escola de 500 alunos de ensino médio e fundamental.
O professor americano Qualmn acrescentou que o próprio uso da internet pode estimular debates sobre a veracidade de conteúdos disponíveis na rede, além de incentivar a produção de conhecimento de forma colaborativa, como o que está disponível no Wikipedia, uma espécie de enciclopédia online aberta, que aceita contribuições de qualquer usuário.
Pedagoga de uma escola particular do Rio, que criou sua própria rede social, Patrícia Lins e Silva relatou que a ferramenta ofereceu "ganchos" para que a escola discutisse tópicos como o uso de "palavrões" e a superexposição de ídolos de adolescentes na rede.



 

domingo, 2 de outubro de 2011

Uso do computador no ensino de Física


Hoje sabemos que o computador está praticamente em todas as casas do nosso país. Graças às enormes facilidades de aquisição, como o seu baixo custo, o computador proporciona divertimento para adultos e crianças de diversas classes sociais. Nota-se que, a cada dia que passa, seu uso fica mais frequente entre adolescentes e jovens. Alguns deixam até de estudar para se relacionar com outras pessoas através das redes sociais e sites de bate-papo.
Com isso, é difícil um professor competir com os computadores. O que resta a ser feito é levar essa máquina para dentro da sala de aula, transformando-a em uma estratégia de ensino. Os computadores podem ser utilizados de diversas maneiras, mas aqui vamos sugerir somente duas delas.
Uma delas é que podemos fazer uso do computador como ferramenta auxiliar de uma atividade. Dessa forma, ao se realizar uma atividade experimental, os dados obtidos podem ser analisados por meio do computador. Isso torna a atividade mais eficiente, já que os resultados são obtidos de forma quase que instantânea.
Uma outra maneira de utilizar o computador em sala de aula é através dos simuladores da própria atividade experimental, visto que algumas atividades experimentais não podem ser realizadas na escola. São inúmeros os tipos de simuladores que propõem situações ou problemas experimentais simulados com os quais os alunos podem interagir individualmente nos laboratórios de informática. Além disso, o aluno pode até mesmo realizar tais atividades em casa e, depois, discutir o resultado com o professor em sala de aula.
No entanto, atente-se ao fato de que as simulações experimentais não são consideradas atividades experimentais, pelo fato de não serem reais, ou seja, por não existir interação direta entre os alunos e o material experimental. Sendo assim, esses programas se restringem às condições em que a atividade experimental se realiza. Dessa forma, não há imprevistos e nem surpresas, pois o programa do computador está programado para obedecer às leis da Física e não da natureza.
Muitos professores podem pensar que utilizando o computador estarão “facilitando” para o aluno, ou seja, deixando-o sem nada para fazer. Mas, na verdade, podemos dizer que o valor de uma atividade experimental não está nos cálculos, mas sim na sua interpretação física. Dessa forma, o mais importante não é obter um resultado, mas sim compreender o seu significado.

Aula expositiva dialogada.




Muitos educadores, e também pensadores do seguimento educacional, consideram a aula expositiva um método tradicional, alguns até almejam o fim dessa prática. Mas, esse método dito “tradicional” ainda continua vivo diante de tantas inovações tecnológicas dispostas no mundo contemporâneo, e, algumas vezes, se faz necessária a implantação desse tipo de aula. O que é preciso fazer é tornar a aula expositiva mais atrativa para o aluno, desse modo, o professor deve propiciar uma interação com os alunos. Isso pode ser implantado a partir de questionamentos elaborados pelo professor, que motivam os alunos a explanarem oralmente suas conclusões sobre o tema em questão. 

Essa prática recebe o nome de método socrático. O mesmo corresponde a uma abordagem direcionada para a formação de idéias e de conceitos firmados em perguntas, respostas, seguidas de mais perguntas. Pode-se ainda utilizar a Maiêutica, método que consiste na formação de idéias repletas de complexidade, tomando perguntas simples como princípios. Os dois métodos advêm do processo pedagógico dialético que parte do pressuposto de se gerar sucessivas perguntas doravante a vivência do aluno, acerca das definições sobre o tema em questão. 


As aulas expositivas abrem caminho também para a aplicação de recursos ou instrumentos didáticos; no caso da Geografia, data-show, transparências, mapas, globos, vídeos, entre outros. Em suma, o método expositivo de aula é interessante com a inserção de recursos, de modo que consiga atrair o aluno para o conteúdo, e assim, proporcionar uma aprendizagem satisfatória.

Por Eduardo de Freitas
Equipe Brasil Escola

Do quadro negro para os acontecimentos do mundo



Implantada através de aulas de geografia, a educomunicação é a forma de educar através da utilização dos recursos de mídia (câmeras filmadoras, câmeras fotográficas, gravadores de som, computador, etc.), com o objetivo de desenvolver um trabalho coletivo de vídeodocumentários.
Não há o que se falar do sucesso dessas aulas, pois crianças e adolescentes se fascinam com o mundo digital, podendo estender suas técnicas de produção de filmes e edições de imagens, que já fazem muito bem.
A Educomunicação é conceituada como o “método de ensino no qual a comunicação em massa e a mídia em geral são usadas como elemento de educação. É também um campo de convergência entre a educação e outras ciências humanas, que começou a surgir a partir dos anos 70, pela Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo)”.
O grande desafio da educomunicação é fazer os alunos colocarem a mão na massa, produzindo materiais de qualidade sobre os conteúdos abordados. Por exemplo, sobre a degradação ambiental, os alunos improvisam filmagens dos pontos da cidade em que isso acontece, montam os vídeos fazendo as devidas formatações e terminam propondo como gostariam que fosse aquele local, com sugestões que a população pode adotar para a preservação do ambiente.
Através do trabalho desenvolvido pela educomunicação, os professores conseguem resgatar o centro de interesse dos alunos, que antes se mostravam desmotivados diante do processo de aprendizagem, pois saem da mesmice da sala de aula, desenvolvendo um processo dinâmico e prazeroso.
A educomunicação acompanha os fatos do cotidiano, muito além dos livros didáticos. O surgimento da gripe suína, pó exemplo, não está registrado nos livros, mesmo os mais atualizados. Com isso, os estudantes têm a oportunidade de abordarem temas sociais, de forma crítica, utilizando recursos muito mais interessantes e inteligentes do que os utilizados em sala de aula.
Desenvolvem pesquisas sobre diversos assuntos, fazem entrevistas, fotografam, filmam, enfim, registram tudo aquilo que consideram interessante para depois editarem os filmes, montarem jornais, panfletos educativos, fazendo da aprendizagem um recurso para difundir o conhecimento adquirido.
Os temas abordados podem variar de acordo com a disciplina, como: meio ambiente, escassez e desperdício de água, causas indígenas, matemática e física aplicadas no dia a dia, geografia, história, línguas, informática, etc. Com isso, as escolas podem desenvolver um projeto anual, envolvendo todas as disciplinas, com a participação de todas as turmas, a fim de retratar algum assunto importante para a população.
Segundo Ismar de Oliveira Soares, jornalista e doutor em comunicação pela ECA/USP, com pós-doutorado na Marquette University, Estados Unidos, coordenador e fundador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP), precursor da educomunicação no Brasil, o trabalho docente voltado para as práticas de utilização de recursos da mídia, torna os alunos críticos diante dos fatos sociais e dos meios de comunicação, “transformando o espaço escolar num grande espaço para a produção de rádio, música, revista, jornal, teatro, através de um processo democrático”. Mas é necessário “que os conceitos sejam produzidos de forma coerente com a verdade científica e coerente com os anseios da cidadania, associando-os. Isso é educomunicação”.
Se o grande objetivo da humanidade é salvar o planeta, diante do processo de degradação ambiental a que este vem sofrendo, a educomunicação pode propagar as práticas que favoreçam a consciência coletiva, através de pequenas ações promovidas por crianças e adolescentes.
O sucesso dessa forma de trabalho é tão grande que a USP lançou um projeto para transformar a educomunicação em licenciatura, já a partir de 2010, sendo que o governo da Bahia oferece formação na área, para os professores das redes públicas de ensino da região.
Mãos à obra: luz, câmera, educAÇÃO!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O papel do professor na era cibernética.


Ao invés de cadernos e livros, computadores: a educação na era digital.

 Houve um tempo em que o professor era o principal intermediador entre o conhecimento e o aluno. Com o avanço da informática, a situação mudou. Hoje, qualquer indivíduo possui acesso a diversas fontes de pesquisa, oriundas da internet. O problema é que nem todas as fontes virtuais são confiáveis e cabe ao professor a tarefa de orientar e desenvolver no aluno um senso crítico capaz de selecionar o que lhe for relevante.

Há pouco tempo atrás o professor adentrava sua sala, perdia um bom tempo fazendo a chamada, abria seu livro na lição do dia e se dirigia à sua principal ferramenta pedagógica, o quadro-negro. No final de sua aula, deixava aos alunos uma tarefa de casa, que possivelmente seria executada com o auxílio de livros. Hoje vivemos outra realidade.

Salvo algumas exceções, a sala de aula é equipada com computadores, conectados a internet. Antes de o professor iniciar sua explanação referente ao conteúdo lançado, o aluno mais curioso já está servido de inúmeras fontes, seguras ou duvidosas, a respeito do tema. O professor não é mais o único detentor do saber, em sala de aula. Hoje, seus maiores algozes são os sites de busca, na internet. E seu maior desafio é transformar o algoz em aliado.

Antigamente, para se tornar um autor, o referido era submetido a uma seleção, mais ou menos, criteriosa. Os livros eram as fontes de pesquisa mais confiáveis. Com a chegada da internet, o conhecimento se democratizou. Qualquer indivíduo pode se tornar autor, escrevendo para um site ou para um blog. Considerando tal premissa, o educador da nova era tem como dever levar ao aluno conhecimento para precisar sua busca e criticidade para filtrar o que lhe convém. E o principal: criatividade.

Um primeiro passo é utilizar os sites de busca como ferramentas didáticas. O educador poderá propor um assunto e pedir aos alunos que recolham o máximo de informações pertinentes ao tema. A seguir, os alunos deverão escolher três fontes que julguem seguras e outras três que julguem duvidosas. Feito isso, os alunos deverão justificar suas escolhas, destacando as discordâncias que os levaram a julgar as fontes como duvidosas. Quanto às fontes seguras, os alunos deverão pesquisar, na biblioteca, obras que referenciem sua pesquisa. Depois das devidas correções, o professor poderá propor ao aluno a construção de um blog, publicando somente o conteúdo julgado como confiável, complementado pelas referências bibliográficas. Além de trabalhar a criticidade, desenvolver a interdisciplinaridade (trabalhando noções de informática, ao desenvolver o site) e valorizar os livros (ao recorrer a eles como referência), o exercício resultará em uma confiável fonte de pesquisa escolar, já que passará pela revisão e aval de um profissional.
 
Por Demercino Júnior
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Evolução da internet e da multimídia

1965

O americano Ted Nelson cria o termo hypertext (hipertexto). Diferente de um livro ou revista, cuja leitura é linear (uma página depois da outra), no hipertexto não existe o conceito de “página seguinte”.

1968
Até este ano, os computadores ficavam sozinhos. É aqui que a primeira geração de hardware e software para redes é desenhada. A partir desse momento, torna-se possível fazer com que computadores distantes falem entre si.

1969
A Arpanet (a avó da internet) conecta pela primeira vez quatro universidades americanas: Stanford Research Institute, UCLA, UC Santa Barbara, e a Universidade de Utah.

1970
A Arpanet é um sucesso imediato e o e-mail torna-se sua aplicação mais popular. Mas, por enquanto, esse novo meio de enviar e de receber mensagens serve apenas aos pesquisadores e alunos de universidades norte-americanas.

1972
O tamanho da Arpanet já é tal que passa a ser necessário criar padrões para garantir que os computadores falem todos a mesma língua. Forma-se o InterNet Working Group, a primeira organização reguladora da rede.

1974
A Arpanet escapa do meio exclusivamente universitário e avança para o mercado. Neste ano, Bolt, Beranek & Newman fundam a Telenet, a primeira versão comercial da Arpanet.

1975
O e-mail fica mais parecido com o que é hoje: John Vittal desenvolve o MSG, o primeiro programa de e-mail, com funções de resposta, reenvio e arquivamento de mensagens. Steve Walker cria a primeira lista eletrônica da Arpanet.

1979
Passa a ser possível manter discussões virtuais entre grupos, com a criação da Usenet. As ferramentas necessárias para isso são desenvolvidas pelos pesquisadores Tom Truscott, Jim Ellis, e Steve Bellovin.

1981
A Arpanet já tem 213 servidores e um novo aparece a cada 20 dias. Aparece o Bitnet, que vem de “Because It·s Time NETwork” (trocadilho: Porque Já É Hora de a Rede Funcionar ou Porque Já É Hora de se Conectar).

1982
Pela primeira vez, é registrado o uso da palavra internet. O conceito do novo termo é que já não se trata de uma rede de computadores interligados, mas de várias redes (nets) se intercomunicando (inter).

1982
Bob Kahn, Vinton Cerf e seus colaboradores criam o TCP/IP, a linguagem comum de todos os computadores da internet. Em mais um ano, a linguagem seria universalmente adotada por todos os computadores conectados na rede.

1984
O escritor americano William Gibson cria o termo “cyberspace” em seu livro Neuromancer. O número de servidores na internet supera os mil. É o ano do primeiro sistema operacional usado fora do círculo restrito de hackers, o DOS 3.0.

1987
O número de servidores da internet supera os 10 000. A Apple Computers lança o HyperCard, o primeiro sistema de edição em hipermídia de ampla distribuição comercial. O sonho de Ted Nelson começava a se concretizar.

1988
Com tantos milhares de servidores conectados, começam a aparecer os problemas de segurança na rede. Passam para o vocabulário dos internautas os termos “hacker” e “electronic break-in” (invasão eletrônica).

1989
Imagens ainda são arquivos muito grandes para serem transmitidos pela rede. Para facilitar seu trânsito a Compuserve desenvolve o formato compactado GIF (formato de intercâmbio de gráficos).

1990
A Arpanet é desfeita. O número de servidores ultrapassa os 300 000. “The World Comes OnLine” (world.std.com) é o primeiro provedor privado de acesso discado. É construída a HTML, a linguagem em que se escrevem páginas para serem vistas na rede.

1991
São lançados o Windows 3.1, o Quicktime e os formatos JPEG/MPEG para compressão de imagens; abre-se a primeira conexão do Brasil com a internet por meio da Fapesp. A Fundação Nacional de Ciências dos EUA libera a internet para uso comercial.

1993
É lançado o Mosaic, o primeiro browser gráfico, criado por Marc Andreesen no NCSA (Centro Nacional de Aplicações em Supercomputação, nos EUA). A partir daí, o tráfego na internet expande a uma taxa anual de 341 634%.

1994
A internet é tão grande que já precisa de um índice geral. É a vez do Yahoo, que permite busca de páginas por categoria ou por palavras-chaves. Steve Mann desenvolve a webcam sem fio, para transmissão de imagens ao vivo.

1995
Sun Microsystems lança a linguagem de programação Java, que amplia a capacidade da internet para mostrar informação. Compuserve, America On-Line e Prodigy começam a oferecer acesso discado comercial.

2000
A internet em banda larga (que dispensa o modem e pode atingir velocidades bem altas de transmissão de dados) começa a operar comercialmente no Brasil usando linhas telefônicas, cabeamento para TV ou antenas parabólicas.

FONTE: http://super.abril.com.br/tecnologia/voce-analfabeto-digital-441970.shtml

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FAQ educação digital

Hipertexto

Você pode não ter a mais remota idéia do que quer dizer hipertexto, mas, se navega na internet, certamente já se deparou com milhares de exemplos. Tente se lembrar de um texto que tenha lido online. Lembra de umas palavrinhas sublinhadas que se fossem clicadas levariam a uma nova página? Pois é. Esse é o hipertexto e as palavrinhas são os chamados links ou hiperlinks.
O termo hipertexto surgiu com o designer de softwares Ted Nelson, para definir uma escrita não-seqüencial – que possibilita ao leitor diversos caminhos para ler um mesmo texto eletrônico.
Alguns afirmam que o hipertexto veio muito antes do primeiro computador. Afinal, notas de rodapé ou anotações anexas de esclarecimentos em livros antigos já permitiam uma leitura não-linear. As anotações de Leonardo Da Vinci, por exemplo, eram repletas de referências que levavam a outras notas. Em 1945, o matemático Vannevar Bush, em seu artigo “As We May Think”, registrava a preocupação em armazenar e organizar dados para permitir que outros pudessem acessar várias fontes de informação de uma forma rápida e prática. O hipertexto tornou-se mais popular nos meios eletrônicos em 1987 quando a Apple distribuía em seus computadores Macintosh o software Hypercard que permitia a criação de links entre fichas contendo textos ou imagens.

Interatividade

A palavra vem de “inter” que, em latim, significa posição intermediária ou reciprocidade. Interatividade é uma ação de reciprocidade entre duas ou mais coisas, sejam elas pessoas ou não. Fala-se de interatividade na era digital quando se quer fazer referência à possibilidade de o homem interagir com a máquina e com outros homens, tendo como intermediário o ciberespaço. Nos primórdios da multimídia, os desenvolvedores consideravam “interativo” um programa em que o usuário podia clicar para obter mais informação. Por exemplo, ao lado de um texto havia um ícone de vídeo, indicando que, se o usuário clicasse ali veria um clipe. Atualmente, essa noção está inteiramente ultrapassada. Hoje, um programa verdadeiramente interativo é aquele que leva o usuário a querer intervir e faz com que essa intervenção tenha como resultado mais que apenas mostrar novas informações, mas alterar o percurso do usuário no programa.
Enfim, o grande foco das pesquisas atuais em interatividade é criar ambientes em que o usuário faça seu percurso e não simplesmente escolha entre diferentes caminhos preconcebidos. E para que o roteiro criado seja novo e coerente, é essencial que o programa se adapte constantemente ao usuário, isto é, seja inteligente. Daí a importância das pesquisas em inteligência artificial.

Metabusca

Pesquisa baseada no uso de outros sistemas de busca da internet. Mas que sistemas são esses? Existem hoje, na web, basicamente três tipos. O primeiro é o de Diretório (ou Índice) que tem como característica fundamental a catalogação de sites e a organização de informações em pastas ou diretórios – que são divididos por conteúdo (exatamente como fazemos em nossos computadores). Nesse sistema, clica-se em uma categoria ou assunto para começar a procura. O segundo tipo, Sistema de Busca, é uma mistura do Diretório com a possibilidade de consultar um banco de dados de palavras-chaves. Assim, não é necessário entrar em uma categoria, basta digitar uma palavra e a pesquisa tem início imediato. A terceira forma de busca é feita por meio de robôs que “varrem” sites e fazem indexação por palavras-chaves. Isso é feito de duas maneiras.
Desenvolvedores de sites codificam suas páginas com keywords (palavras-chaves) e subjects (assuntos) e os robôs já pegam direto esses dados, ou então a indexação é feita pelas primeiras palavras do documento (página). Os sites que têm metabusca funcionam como “sanguessugas”. Eles não têm uma base de dados própria. Seus robôs vão até outros buscadores, “pedem” o tema da pesquisa e depois apresentam para o usuário os resultados encontrados.

FONTE:http://super.abril.com.br/tecnologia/voce-analfabeto-digital-441970.shtml

sábado, 27 de agosto de 2011

Para escolher softwares e sites educativos

 ESCOLHENDO UM SOFTWARE

 1. Consulte sempre os usuários anteriores do programa. Só eles sabem dizer se as promessas da caixa podem mesmo ser cumpridas.

2. Elogios em publicações especializadas, prêmios atribuídos e tradição do desenvolvedor no mercado são também importantes.

 3. É essencial que você veja se o programa que vai comprar funciona na configuração de seu micro.

 4. Produtos personalizáveis são mais interessantes. Pergunte sempre: esse programa é fixo ou pode ser adaptado às minhas necessidades?

5. Se o usuário final for uma criança, verifique se o software que você vai comprar é fácil de usar, tem muito gráficos coloridos e bastante apelo sonoro. Sem isso, não há como prender a atenção dela.

 ESCOLHENDO UM SITE

 1. Primeiro, é preciso achá-lo. Use os grandes sites de procura (Google, Altavista, Cadê) e comece digitando palavras-chaves.

2. Prefira sites que citam autoridades conhecidas como revistas ou universidades. Isso garante a qualidade da informação.

3. Lembre-se de que a internet muda muito rapidamente. Se gostou do conteúdo de um site, copie-o. Senão, em sua próxima visita, ele poderá não estar mais lá.

4. Veja sempre se você dispõe de todos os programas necessários para ver um site. Lembre-se de que nem só de Explorer e Netscape vive a internet.

 5. Não desista porque não gostou do visual do site. Bom visual é dica de que o site é bem construído, mas não garante qualidade de conteúdo.

O pessoal do suporte técnico sofre com os info-analfabetos.

 Existem profissões arriscadas, tediosas, braçais. Sempre que se fala de algo assim, vêm à mente os bombeiros, os motoristas de ambulâncias, os serventes de construção civil etc.

Mas tem um pessoal que sofre mais: são os responsáveis pelo suporte técnico a usuários de micros. Todos trabalham em grandes empresas, garantem atendimento 24 horas e têm histórias tragicômicas (e verídicas) para contar. Por exemplo:

1. O usuário recebe do programa uma mensagem em inglês que diz “Press Any Key to Start”. “Assim não dá”, pensa ele, e liga para o suporte. “Quero iniciar o jogo que comprei e aqui diz ‘Press Any Key’. Agora me diga, onde fica a tecla ‘any key’?” Fácil, é só explicar para ele que “any key” quer dizer “qualquer tecla” e não uma tecla especial. Existem teclas com nomes compostos, como “print screen”. Mas “any key”, não.

2. O usuário liga e diz que “o porta-copos do micro derruba o refrigerante”. “Porta-copos?”, diz o suporteiro. “É, aquela bandejinha que tem aqui bem na frente do meu computador”. Agora o problema está resolvido: é só explicar que o porta-copos é a gaveta do drive de CD. “Não faça mais isso, meu senhor. Deixe o seu copo de refrigerante sobre a mesa, está bem?”.

3. O usuário liga informando que não consegue passar o fax pelo computador. Pergunta do suporteiro: “Você instalou o programa?” “Sim”, responde a voz do outro lado. “Na verdade, já veio instalado”. “E como você está procedendo?” Aí vem a revelação: “Ponho o papel colado no monitor e nada acontece”.

Como explicar para essa pessoa que é preciso instalar o programa, iniciá-lo, configurá-lo, ligar o micro ao telefone, discar, escanear a folha de papel, transformá-la em uma imagem e, só então, mandar o fax?

 Evernet é o próximo passo:

Entrevista com Bruce Sterling

 O americano Bruce Sterling é um dos artífices do ciberespaço. Não do real, mas de um muito mais importante, o da imaginação. Ele é o criador, junto com William Gibson, da onda ciberpunk, que levou para a ficção científica os mundos virtuais. Aqui, Sterling fala à Super sobre o futuro próximo.

Hoje, a língua inglesa usa “on the net” (sobre a rede) e não “in the net” (dentro da rede). Quando você escreveu Piratas de Dados, em 1988, por que você usou “dentro”? Estamos sobre ou dentro da internet?


Não é porque as pessoas hoje dizem “on” que essa é a palavra final sobre o assunto. Bem pelo contrário. Se a internet se transformar na direção de uma computação onipresente e da “evernet” (palavra nova que quer dizer internet disponível em qualquer lugar ou aparelho, como relógios, fornos de microondas, celulares etc. – enfim, a superconectividade), a palavra “in” terá cada vez mais razão de ser. De fato, os personagens do livro sequer usam a palavra “internet”. Nem mesmo usam e-mail. Eles usam vídeo ao vivo e em fitas. A palavra “internet” não é permanente.

O que é ser um novas-mídias-alfabetizado?

O “a mais” que se exige além da alfabetização normal são os links. Onde você encontrou a informação? Que link seguiu até ela? E quem está lincado a ela e a quem eles mesmos se lincam?

Dá para pensar em alguma alfabetização nas novas mídias, quando parece que tudo muda a cada dois ou três anos?

Mas tem coisa que não muda. Especialmente o material humano. Existem seres humanos por aí que sobreviveram a múltiplas gerações de hardware.

domingo, 21 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

O DILEMA DO PROFESSOR FRENTE À GERAÇÃO Y

Vivemos em uma época muito diferente do que quando ocupamos as cadeiras das salas de aula como alunos. 

Hoje, os jovens estão com smartphones, notebooks, tablets e equipamentos dos mais diversos com conexão à internet – algo que pode parecer um desafio para muitos professores. 

Por isso, como o educador deve agir tendo em vista esta vasta gama de estímulos e potenciais distrações para o aluno? 

Como concorrer com ferramentas como o celular, o computador e a Internet e suas inúmeras formas atrativas que encantam os jovens da geração Z (nascidos a partir de 1993)? Como captar a atenção desses jovens que nasceram e cresceram na era digital? Qual o desafio do professor em atrair essa geração acostumada com e-mail, Twitter, Facebook, Orkut, blogs, Google, informações e comunicações instantâneas?

Há uma reclamação recorrente por parte dos professores com relação ao uso do notebook em sala de aula, uma vez que os alunos se distraem e não prestam atenção à aula. Ora, mas essa geração é a geração da pluralidade, que consegue desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo. É comum, durante as aulas, o aluno fazer uma pesquisa, tuitar, atualizar o mural do Facebook, isso tudo ao mesmo tempo, enquanto assiste às aulas. Mas quanto do conteúdo que é dado em sala pelo professor é realmente assimilado? 

A grande vantagem da internet é o acesso fácil e a qualquer momento à informação. Com isso, os alunos acabam preterindo a fala do professor, ou melhor, a aula, pois sabem que podem, num piscar de olhos, fazer uma leitura sobre aquele assunto. A internet estimula as inteligências múltiplas de diversas maneiras, mas talvez de forma superficial. Por exemplo: a leitura em profundidade foi substituída por posts. Para que o aluno precisa ler um livro sobre determinado assunto se o Google disponibiliza o resumo, se o Youtube oferece os mais fantásticos (e também os mais medíocres) vídeos dos mais diferentes assuntos? 

O neurocientista Gary Small, pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA), acredita que, desde quando o homem primitivo aprendeu a usar uma ferramenta, o cérebro não sofria um impacto tão grande e significativo como ocorreu com o uso da Internet. Sabemos que o cérebro humano é uma estrutura que é movida a desafios e que se transforma com eles. 

Segundo pesquisa recente, os alunos de bons professores aprendem 68% mais do que os colegas orientados pelos piores docentes. Então o professor é quem faz a diferença. Apesar de todos os atrativos da internet, em sala de aula, um bom professor é o destaque. E nesse sentido o papel do professor é fundamental em abastecer e alimentar os cérebros dos seus jovens alunos e ajudá-los a aprofundar o conhecimento, a fazer conexões, a transformar essa rede de informações em conhecimentos significativos. Ou pode também proibir o aluno de usar o notebook e de acessar a Internet e usar em suas aulas apenas o PowerPoint, para mostrar textos e mais textos, lendo-os em seguida, sem explicar ou contextualizar, sem instigar os alunos à participação. 

Se, afinal, a geração Z está acostumada com atividades que envolvam oxigenação, inovação, criatividade, como se relacionar com alunos que estão num nível digital, tecnológico, diferente do professor? 

É necessário que o professor esteja motivado, busque qualificação permanente, conheça as características das novas gerações, os processos cognitivos de aprendizagem, as novas tecnologias e, claro, interaja com elas. Nesse sentido, somos todos aprendizes. 

Elizabeth Magno é professora do Estado em Macapá (AM) e coordenadora pedagógica do Centro de Ensino Superior do Amapá.

FONTE: PLUG EDU

OLHOS CERTOS




O vídeoclipe acima, Olhos Certos, da banda Detonautas, é uma belíssima animação! Unir música, dança, teatro, arte e cultura em geral, pois são linguagens universais que estabelecem um diálogo entre gerações.

Ensinar e aprender a olhar as coisas sob diversas perspectivas, o grande desafio do educador do século XXI.

Podemos ler, com olhos certos ou não, a partir de imagens presentes em vídeoclipes, curtas-metragens, comerciais de TV, trailers de filmes, animações etc.

Tudo depende do contexto que, como educadores, daremos a esses recursos audiovisuais. Daí a importância do educador neste processo de ensino e de aprendizagem constantes.

FONTE:PLUG EDU - A REDE SOCIAL DOS EDUCADORES


quarta-feira, 23 de março de 2011

Internet no Brasil chega a mais de 40 milhões de pessoas


da Folha Online

O Brasil ultrapassou pela primeira vez na história a marca de 40 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente, como casa, trabalho, escola, cybercafés e bibliotecas. O dado, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ibope/NetRatings, refere-se ao primeiro trimestre deste ano.
De acordo com a pesquisa, nos primeiros três meses de 2008, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, o maior nível atingido no Brasil desde setembro de 2000, quando a empresa começou a fazer a medição no Brasil.

Dado que o Brasil tem aproximadamente 184 milhões de habitantes, o número de internautas já equivale a 22,5% da população.

"[Os dados] refletem as políticas públicas de abertura de pontos de acesso à internet em escolas, bibliotecas, telecentros e muitos outros locais, além da avalanche de facilidades para adquirir computadores novos, como financiamentos em muitas prestações e equipamentos mais baratos por causa da concorrência entre os fabricantes de computador", afirma Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope, em nota.

Prova dessa expansão é que as vendas de computadores chegaram a 2,82 milhões de PCs no primeiro trimestre deste ano no Brasil, o equivalente a cerca de 21,5 unidades por minuto, segundo dados da consultoria IDC. Atualmente, o país é o quinto maior mercado de PCs, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido.

Em casa

Em maio deste ano, o número de usuários residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez por mês-- também foi recorde: chegou a 23,1 milhões de pessoas, uma alta de 29% em relação aos 17,9 milhões de maio de 2007. O número de pessoas com acesso residencial, mas que não necessariamente usaram a rede, chegou a 35,5 milhões de pessoas, afirma o Ibope.

O brasileiro se manteve em maio como o que gasta, em média, mais horas na internet --ficou 23 horas e 48 minutos conectado no mês, uma hora e um minuto do que o tempo utilizado em abril. Os países que mais se aproximaram do tempo residencial médio do internauta brasileiro foram o Japão (21h34min), a França (20h23min), os Estados Unidos (19h46min) e a Austrália (18h00min).

Mais bolo

Com esse crescimento, as empresas passam a investir mais na internet. O investimento publicitário na rede cresceu 36% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 134,3 milhões --pela primeira vez a internet recebeu mais recursos que a TV por assinatura no país, segundo o projeto Inter-Meios, que mede o faturamento dos veículos de comunicação.

A internet foi a mídia que mais cresceu, em termos percentuais, durante o período, mas ainda tem uma participação pequena frente a outros meios. No total, durante o primeiro trimestre de 2008, a internet ficou com uma fatia de 3,24% do bolo publicitário, contra 2,84% da televisão paga e 3,19% da mídia exterior.
Segundo a publicação especializada "Meio & Mensagem", que faz o levantamento, esse índice era de 1,5% para a internet em 2003, quando o investimento em web começou a ser medido pela pesquisa.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO:
 Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO:
 No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.


O FUNDAMENTAL:
 Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.


O ESPECÍFICO:
 Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.


A AMPLIAÇÃO:
 Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.


O AUTODIDATISMO:
 A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.


A RESPONSABILIDADE:
 Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.


A SEGURANÇA:
 Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.


A PARCERIA:
 Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.



Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.