1. Consulte sempre os usuários anteriores do programa. Só eles sabem dizer se as promessas da caixa podem mesmo ser cumpridas.
2. Elogios em publicações especializadas, prêmios atribuídos e tradição do desenvolvedor no mercado são também importantes.
3. É essencial que você veja se o programa que vai comprar funciona na configuração de seu micro.
4. Produtos personalizáveis são mais interessantes. Pergunte sempre: esse programa é fixo ou pode ser adaptado às minhas necessidades?
5. Se o usuário final for uma criança, verifique se o software que você vai comprar é fácil de usar, tem muito gráficos coloridos e bastante apelo sonoro. Sem isso, não há como prender a atenção dela.
ESCOLHENDO UM SITE
1. Primeiro, é preciso achá-lo. Use os grandes sites de procura (Google, Altavista, Cadê) e comece digitando palavras-chaves.
2. Prefira sites que citam autoridades conhecidas como revistas ou universidades. Isso garante a qualidade da informação.
3. Lembre-se de que a internet muda muito rapidamente. Se gostou do conteúdo de um site, copie-o. Senão, em sua próxima visita, ele poderá não estar mais lá.
4. Veja sempre se você dispõe de todos os programas necessários para ver um site. Lembre-se de que nem só de Explorer e Netscape vive a internet.
5. Não desista porque não gostou do visual do site. Bom visual é dica de que o site é bem construído, mas não garante qualidade de conteúdo.
O pessoal do suporte técnico sofre com os info-analfabetos.
Existem profissões arriscadas, tediosas, braçais. Sempre que se fala de algo assim, vêm à mente os bombeiros, os motoristas de ambulâncias, os serventes de construção civil etc.
Mas tem um pessoal que sofre mais: são os responsáveis pelo suporte técnico a usuários de micros. Todos trabalham em grandes empresas, garantem atendimento 24 horas e têm histórias tragicômicas (e verídicas) para contar. Por exemplo:
1. O usuário recebe do programa uma mensagem em inglês que diz “Press Any Key to Start”. “Assim não dá”, pensa ele, e liga para o suporte. “Quero iniciar o jogo que comprei e aqui diz ‘Press Any Key’. Agora me diga, onde fica a tecla ‘any key’?” Fácil, é só explicar para ele que “any key” quer dizer “qualquer tecla” e não uma tecla especial. Existem teclas com nomes compostos, como “print screen”. Mas “any key”, não.
2. O usuário liga e diz que “o porta-copos do micro derruba o refrigerante”. “Porta-copos?”, diz o suporteiro. “É, aquela bandejinha que tem aqui bem na frente do meu computador”. Agora o problema está resolvido: é só explicar que o porta-copos é a gaveta do drive de CD. “Não faça mais isso, meu senhor. Deixe o seu copo de refrigerante sobre a mesa, está bem?”.
3. O usuário liga informando que não consegue passar o fax pelo computador. Pergunta do suporteiro: “Você instalou o programa?” “Sim”, responde a voz do outro lado. “Na verdade, já veio instalado”. “E como você está procedendo?” Aí vem a revelação: “Ponho o papel colado no monitor e nada acontece”.
Como explicar para essa pessoa que é preciso instalar o programa, iniciá-lo, configurá-lo, ligar o micro ao telefone, discar, escanear a folha de papel, transformá-la em uma imagem e, só então, mandar o fax?
Evernet é o próximo passo:
Entrevista com Bruce Sterling
O americano Bruce Sterling é um dos artífices do ciberespaço. Não do real, mas de um muito mais importante, o da imaginação. Ele é o criador, junto com William Gibson, da onda ciberpunk, que levou para a ficção científica os mundos virtuais. Aqui, Sterling fala à Super sobre o futuro próximo.
Hoje, a língua inglesa usa “on the net” (sobre a rede) e não “in the net” (dentro da rede). Quando você escreveu Piratas de Dados, em 1988, por que você usou “dentro”? Estamos sobre ou dentro da internet?
Não é porque as pessoas hoje dizem “on” que essa é a palavra final sobre o assunto. Bem pelo contrário. Se a internet se transformar na direção de uma computação onipresente e da “evernet” (palavra nova que quer dizer internet disponível em qualquer lugar ou aparelho, como relógios, fornos de microondas, celulares etc. – enfim, a superconectividade), a palavra “in” terá cada vez mais razão de ser. De fato, os personagens do livro sequer usam a palavra “internet”. Nem mesmo usam e-mail. Eles usam vídeo ao vivo e em fitas. A palavra “internet” não é permanente.
O que é ser um novas-mídias-alfabetizado?
O “a mais” que se exige além da alfabetização normal são os links. Onde você encontrou a informação? Que link seguiu até ela? E quem está lincado a ela e a quem eles mesmos se lincam?
Dá para pensar em alguma alfabetização nas novas mídias, quando parece que tudo muda a cada dois ou três anos?
Mas tem coisa que não muda. Especialmente o material humano. Existem seres humanos por aí que sobreviveram a múltiplas gerações de hardware.
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