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sábado, 27 de agosto de 2011

Para escolher softwares e sites educativos

 ESCOLHENDO UM SOFTWARE

 1. Consulte sempre os usuários anteriores do programa. Só eles sabem dizer se as promessas da caixa podem mesmo ser cumpridas.

2. Elogios em publicações especializadas, prêmios atribuídos e tradição do desenvolvedor no mercado são também importantes.

 3. É essencial que você veja se o programa que vai comprar funciona na configuração de seu micro.

 4. Produtos personalizáveis são mais interessantes. Pergunte sempre: esse programa é fixo ou pode ser adaptado às minhas necessidades?

5. Se o usuário final for uma criança, verifique se o software que você vai comprar é fácil de usar, tem muito gráficos coloridos e bastante apelo sonoro. Sem isso, não há como prender a atenção dela.

 ESCOLHENDO UM SITE

 1. Primeiro, é preciso achá-lo. Use os grandes sites de procura (Google, Altavista, Cadê) e comece digitando palavras-chaves.

2. Prefira sites que citam autoridades conhecidas como revistas ou universidades. Isso garante a qualidade da informação.

3. Lembre-se de que a internet muda muito rapidamente. Se gostou do conteúdo de um site, copie-o. Senão, em sua próxima visita, ele poderá não estar mais lá.

4. Veja sempre se você dispõe de todos os programas necessários para ver um site. Lembre-se de que nem só de Explorer e Netscape vive a internet.

 5. Não desista porque não gostou do visual do site. Bom visual é dica de que o site é bem construído, mas não garante qualidade de conteúdo.

O pessoal do suporte técnico sofre com os info-analfabetos.

 Existem profissões arriscadas, tediosas, braçais. Sempre que se fala de algo assim, vêm à mente os bombeiros, os motoristas de ambulâncias, os serventes de construção civil etc.

Mas tem um pessoal que sofre mais: são os responsáveis pelo suporte técnico a usuários de micros. Todos trabalham em grandes empresas, garantem atendimento 24 horas e têm histórias tragicômicas (e verídicas) para contar. Por exemplo:

1. O usuário recebe do programa uma mensagem em inglês que diz “Press Any Key to Start”. “Assim não dá”, pensa ele, e liga para o suporte. “Quero iniciar o jogo que comprei e aqui diz ‘Press Any Key’. Agora me diga, onde fica a tecla ‘any key’?” Fácil, é só explicar para ele que “any key” quer dizer “qualquer tecla” e não uma tecla especial. Existem teclas com nomes compostos, como “print screen”. Mas “any key”, não.

2. O usuário liga e diz que “o porta-copos do micro derruba o refrigerante”. “Porta-copos?”, diz o suporteiro. “É, aquela bandejinha que tem aqui bem na frente do meu computador”. Agora o problema está resolvido: é só explicar que o porta-copos é a gaveta do drive de CD. “Não faça mais isso, meu senhor. Deixe o seu copo de refrigerante sobre a mesa, está bem?”.

3. O usuário liga informando que não consegue passar o fax pelo computador. Pergunta do suporteiro: “Você instalou o programa?” “Sim”, responde a voz do outro lado. “Na verdade, já veio instalado”. “E como você está procedendo?” Aí vem a revelação: “Ponho o papel colado no monitor e nada acontece”.

Como explicar para essa pessoa que é preciso instalar o programa, iniciá-lo, configurá-lo, ligar o micro ao telefone, discar, escanear a folha de papel, transformá-la em uma imagem e, só então, mandar o fax?

 Evernet é o próximo passo:

Entrevista com Bruce Sterling

 O americano Bruce Sterling é um dos artífices do ciberespaço. Não do real, mas de um muito mais importante, o da imaginação. Ele é o criador, junto com William Gibson, da onda ciberpunk, que levou para a ficção científica os mundos virtuais. Aqui, Sterling fala à Super sobre o futuro próximo.

Hoje, a língua inglesa usa “on the net” (sobre a rede) e não “in the net” (dentro da rede). Quando você escreveu Piratas de Dados, em 1988, por que você usou “dentro”? Estamos sobre ou dentro da internet?


Não é porque as pessoas hoje dizem “on” que essa é a palavra final sobre o assunto. Bem pelo contrário. Se a internet se transformar na direção de uma computação onipresente e da “evernet” (palavra nova que quer dizer internet disponível em qualquer lugar ou aparelho, como relógios, fornos de microondas, celulares etc. – enfim, a superconectividade), a palavra “in” terá cada vez mais razão de ser. De fato, os personagens do livro sequer usam a palavra “internet”. Nem mesmo usam e-mail. Eles usam vídeo ao vivo e em fitas. A palavra “internet” não é permanente.

O que é ser um novas-mídias-alfabetizado?

O “a mais” que se exige além da alfabetização normal são os links. Onde você encontrou a informação? Que link seguiu até ela? E quem está lincado a ela e a quem eles mesmos se lincam?

Dá para pensar em alguma alfabetização nas novas mídias, quando parece que tudo muda a cada dois ou três anos?

Mas tem coisa que não muda. Especialmente o material humano. Existem seres humanos por aí que sobreviveram a múltiplas gerações de hardware.

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